Depoimentos

Algumas experiências com a palavra escrita.

Almir Duarte Santos (Diadema-SP): 

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Denise Gomes Cerqueira (Diadema-SP): 

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Matilde Haidamus Fernandes (Diadema-SP): A leitura e a escrita são essenciais na vida do ser humano. Através da leitura, viajamos em diferentes contextos, ultrapassamos fronteiras e ampliamos a visão de mundo. A escrita permite-nos concentrar idéias, sentimentos, imaginações, descobertas, entre outros e redigir, ou seja, comunicarmos por escrito.

Na infância gostava de ler livros infantis, deslumbrava - me com as histórias, algumas já conhecia pelo fato de familiares tê-lo narrado quando ainda não sabia ler, no entanto, com a leitura as histórias despertavam mais o prazer de ler.

Desde pequena adquiri com minha mãe o hábito de escrever bilhetes, recados, cartas, sempre informalmente. Quando iniciei o Ensino Médio aprimorei ainda mais estes hábitos, assim como textos e artigos de opinião.

Tive uma professora de Língua Portuguesa que era fascinada pela Literatura, lembro que contava e dramatizava as histórias como se tivesse vivenciado todos aqueles momentos, contudo nos permitia imaginar, sonhar e aguçava a curiosidade para lermos sobre.

Mesmo os que não gostavam desta disciplina, passavam a ter um olhar diferente, devido à estratégia utilizada pela professora. Incentivava a leitura e a escrita, valorizava a produção de seus alunos, fazendo com os envolvidos melhorassem o vocabulário e ampliassem seus conhecimentos.

Minha mãe e esta professora foram fundamentais para aumentar o gosto pela leitura e escrita, sendo primordiais, inseparáveis e enriquecedoras.

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Rosyane Figueiredo da Silva (Diadema-SP): Meu primeiro contato com a leitura se deu através de minha mãe que era viciada em leitura. Lembro-me que nossa casa era repleta de livros, ela os guardava em estantes, prateleiras, guarda-roupas, e sempre nos dizia que os guardava, pois um dia poderíamos precisar deles como fonte de pesquisa, ou somente porque gostava de lê-los e tê-los para um dia relê-los. Ela sempre nos contava histórias que havia lido e nos estimulava ler comprando gibis, e escrever em revistas com passatempos – palavras cruzadas e jogos, que ela também adorava fazer quando não estava lendo.

Ela era uma mulher simples, havia estudado em colégio de freiras e concluído apenas o primário – hoje ensino fundamental I, e viveu a vida cuidando dos filhos; amava ler, amava plantas – até conversava com elas, e amava conversar com pessoas, todas, sem distinção. Não era difícil agradá-la, era só dar-lhe livros, não importava se eram novos, usados, ou se seguiam seu gosto literário, pois como a Danuza Leão ela não se guiava pela lista dos mais vendidos, era uma anarquista mental, lia qualquer coisa que chegasse às suas mãos, de bula de remédio a dicionário, não importava, apenas adorava ler, e saber das coisas.

Aos 30 e poucos anos ela descobriu que era portadora de uma doença de pele chamada Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES ou apenas lúpus), que é uma doença inflamatória crônica de origem autoimune, e que no seu caso era totalmente cutânea, ou seja, se manifestava através de manchas avermelhadas na pele principalmente nas áreas que ficavam expostas à luz solar, e com isso ela quase não saia de casa e só ficava no quarto lendo, lendo e escrevendo, e assim descobrindo e descrevendo um mundo que ela não podia mais conhecer andando.

Assim, sempre que surge algum assunto sobre leitura e escrita me recordo dela, e me vem à lembrança suas palavras de incentivo:

"- Ler é viajar pelo mundo através da imaginação, a leitura me permite dar forma aos lugares, as situações, e aos personagens, descritos no livro, e fazer com que sejam do jeito que eu quero. É como se eu me teletransportasse para o mundo criado pelo escritor e a partir dai vivesse uma aventura única e pessoal. Para entender isso vocês precisam ler..."

E foi desta forma que ela nos instigou a buscar por este mundo maravilhoso da leitura, e nas palavras de Rubem Alves posso afirmar que “...eu mesmo sou o que sou pelos escritores que devorei...”.

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Valdir dos Reis (Diadema-SP): Tenho a leitura como momento precioso em minha vida como vinha de uma família humilde não tinha muito acesso a livros, revistas, enfim algo que me surpreende-se a gostar de ler. Mas me lembro de muito bem, quando recebi de um supermercado estava sendo inaugurado na cidade o gibis do Superman, aquela leitura me deixava fascinante com sua historias e lutas pela salvação do mundo.

Também me recordo do Livro Caminho Suave, como era fascinante a leitura o descobrir das palavras. Já na minha adolescência um livro que meu chamou a atenção para a leitura foi o Menino do Dedo Verde, que leitura apaixonante, até montei um jardim em minha casa.

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Vera Lúcia Serafim Oliveira (São Bernardo do Campo-SP): Todos tem uma história para contar referindo-se a infância e como adquiriram o gosto pela leitura, percebi que o gibi foi o ponto de partida da leitura de muitos colegas e comigo não foi diferente, gostava de ler os gibis da Mônica, Cebolinha, Magali e Cascão, mas o que eu mais gostava mesmo era os do Zé Carioca, com suas historias engraçadas que me faziam rir muito. 

A leitura é uma maneira de viajarmos sem sair de casa e conhecer outras culturas e até mesmo criar fantasia. Gosto muito de ler e de contar histórias.

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